sábado, 27 de outubro de 2012

AÇÕES DE CONVIVÊNCIA COM A SECA-3 (SEGURANÇA HÍDRICA-A)


CISTERNAS DE PLACAS

São as famosas cisternas de captação de água de chuva feitas no pé da casa, que recolhem a água dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório, sem deixá-la cair no chão. Têm a nobre finalidade de oferecer água de qualidade para o consumo humano. Hermeticamente fechadas, não permitem a entrada da luz; assim, também não permitem a multiplicação de algas e outros elementos vivos. A água fica preservada. É feita de placas de argamassa construídas cerca de dois dias antes da montagem. Dois terços da cisterna ficam enterrados no chão, o que ajuda a compensar a pressão interna da água, dando estabilidade às paredes.


BOMBA ROSÁRIO


Esta estrutura deve ser montada sobre uma cisterna ou outro tipo de reservatório.

1 - Pegue três caibros e finque-os no solo ao redor do reservatório, deixando-os inclinados para formar uma pirâmide. Fixe no meio deles, na posição vertical, o pedaço de madeira de cinco metros que servirá de base ao equipamento. Com um prego e um parafuso, coloque uma roldana na extremidade inferior desta ripa, que deverá estar sempre imersa na fonte de água para que a bomba funcione.
2 - A meio metro acima desta roldana e a dez centímetros de distância da madeira, coloque uma das rodas pequenas. Para isso, faça pedaços em forma de "L" com o caibro que restou e pregue-os, de um lado à base da madeira e de outro ao centro da roda. Para colocar a outra roda pequena repita a operação, colocando a uma distância de um metro da primeira.
3 - Retire a roda da frente da bicicleta. Com auxílio de parafusos, fixe o garfo do veículo à estaca de madeira de dois metros, que deve ser fincada ao solo para dar sustentação e estabilidade.
4 - Pregue no eixo traseiro da bicicleta um pedaço de caibro e fixe-o à madeira de cinco metros. O pneu ficará encaixado entre as rodas pequenas, a uma distância de dez centímetros de cada uma e também da base da madeira.
5 - Na extremidade superior da madeira de cinco metros, prenda verticalmente com parafusos e uma haste de metal a roda que foi retirada da bicicleta, deixando-a girar livremente. A 50 centímetros abaixo de seu eixo, fixe horizontalmente na madeira outra haste metálica com uma roldana presa em cada lado.
6 - Prenda o pedaço de cano de 40 milímetros de espessura e três metros de comprimento à madeira utilizando arame. Deixe-o sempre imerso na água. Coloque o tubo entre uma das roldanas fixadas na parte de cima e a roda pequena superior.
7 - Fixe o cano de 4,5 metros entre a outra roldana superior e a que está fixada na parte inferior da madeira de cinco metros. Deixe este tubo a uma distância máxima de 20 centímetros da base. Coloque na extremidade superior deste cano o T, encaixando na saída vertical desta peça 1/2 metro de cano de 75 milímetros. No lado horizontal do T, fixe a curva de 75 milímetros, que ficará presa ao tubo de PVC de 150 milímetros por meio da redução excêntrica. Vede o final deste cano com massa epóxi para evitar que a água vaze. Faça um orifício de 1/2 polegada a dez centímetros da base deste cano vedado. Fixe uma torneira neste buraco com a ajuda de uma chula de 1/2 polegada. Prenda à torneira uma mangueira de 1/2 polegada para transportar a água até o local desejado.
Como fazer o rosário
Faça 60 círculos de 2,5 centímetros de diâmetro cada utilizando as chinelas velhas ou outro material de borracha. Fure o centro de todas elas e passe a corda de seda, dando um nó entre cada rodinha e deixando um espaço de 30 centímetros entre elas.

Para encaixar o rosário à bomba, passe uma ponta da corda de seda por baixo da roldana inferior e pela parte de dentro da roda pequena inferior. Em seguida, passe-a pelo lado de fora da roda grande e depois por dentro da roda pequena superior, como se fosse um ziguezague. Feito isso, o rosário passa por dentro do cano de 40 milímetros de três metros e também no interior da roldana que está na ponta do tubo até percorrer o exterior do pneu superior. A corda segue o caminho, passando por dentro da segunda roldana horizontal e do cano de 75 milímetros até descer pelo tubo de 40 milímetros de 4,5 metros e encontrar sua outra ponta. Amarre bem para deixar o rosário esticado.





IRRIGAÇÃO DE BAIXO CUSTO

A irrigação de salvação – onde se aproveita a água de barreiros, açudes ou poço amazonas, durante o inverno para irrigar as lavouras sem prejudicar o abastecimento humano e animal; Irrigação por gotejamento – onde a água é para todas as plantas, utilizando-a racionalmente, de forma que as raízes das plantas ficam sempre úmidas, além de se evitar o desperdício, podendo ser feita até por garrafas pet.

BARRAGEM SUBTERRÂNEA




Barragem subterrânea: numa baixada levemente inclinada, de solo fértil, se cava uma valeta em formato semicircular ou reto. O comprimento pode ser 100 metros ou mais, dependendo da largura da baixada. Precisa cavar até encontrar a camada de rocha impermeável (firmamento), às vezes numa profundidade de um metro, mas normalmente um pouco mais de dois metros. À partir do fundo rochoso, a parede de terra é revestida de lona plástica e chumbada no chão com cimento e a valeta novamente enchida. O coroamento da valeta, uma pequena barragem de terra, serve para reter os resíduos trazidos pela água, como terra e restos orgânicos, para formar assim uma nova camada de solo. A água querendo se deslocar lateralmente pela gravidade, é retida pela folha de plástico e forma assim um lençol freático alto, artificial, do qual as raízes das plantas podem se suprir das suas necessidades de água.





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