quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AS SEIS CORRENTES DA AGRICULTURA DE BASE ECOLÓGICA



1) Agricultura Biodinâmica (ABD): Pesquisada e sistematizada pelo filósofo Rudolf Stainer, conforme pode ser constatado nas bibliografias “Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. 2 ed. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 1999, de Eduardo Ehlers” e “Diferentes abordagens da agricultura não-convencional: história e filosofia. In: Agroecologia: princípios e práticas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF, EMBRRAPA, 2005, de Eli Lino de Jesus”. Esta corrente considera a idéia de que a propriedade agrícola deve ser entendida como um organismo; 
2) Agricultura Orgânica (AO): Descoberta e sistematizada no Ocidente a partir das pesquisas realizadas por Sir Alber Howard na Índia durante três décadas, dados estes sistematizados e publicados entre 1925 e 1930 com o título “Manufacture of humus by indore proecss” e, mais tarde, em 1940, no seu livro  ‘‘An Agricultural Testament”. Esta corrente e suas práticas estão baseadas em adubações preparadas com excrementos de animais, restos de culturas, cinzas e ervas daninhas (composto);
3) Agricultura Biológica (AB): Idealizada e propagada por Claude Aubert em seu livro “Agricultura orgânica. In: Agricultura Alternativa: homem natureza namorando a terra. Rio de Janeiro: FAEAB/AERJ. Anais do II Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa. 1985”. Esta corrente preconiza que a saúde das plantas e dos alimentos, ocorre através da preservação da saúde dos solos, baseando-se no tripé: manejo dos solos, fertilização e a rotação de culturas; 
4) Agricultura Natural (NA): Surgiu no Japão, na década de 1930, com o filósofo japonês Mokiti Okada, conforme indica a bibliografia “Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. 2 ed. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 1999, de Eduardo Ehlers”. Este método se baseia na rotação de culturas, adubos verdes, emprego de compostos e uso de cobertura morta (restos vegetais) sobre o solo;
5) Permacultura: Desenvolvida na Austrália por Bill Mollisson, conforme as bibliografias de VIVAN, J. Agricultura e florestas–princípios de uma integração vital. São Paulo: Livraria e Editora Agropecuária, 1998. 207 p. e de HANZI, M.; FREITAS, L. Permacultura:  o  sítio  abundante, co–criando com a natureza. Edição da Autora, 1999, 48 p. Este sistema busca a integração entre a propriedade agrícola, e o ecossistema, com um modelo de sucessão de cultivos na intenção de maximizar a produção, conservando os recursos naturais, desenvolvendo a ideia de criação de agroecossistemas sustentáveis, através da simulação de ecossistemas naturais.
6) Agricultura Regenerativa (AR): Idealizada por Robert Rodale que estudou os processos de regeneração dos sistemas agrícola ao longo do tempo, e, sua proposta visa à regeneração e a manutenção não apenas das culturas, mas de todo. Inicialmente suas idéias foram publicadas em 1995 por J. N Pretty que lançou o livro “Regenerrating Agriculture”, podendo este fato também ser constatado na bibliografia “Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. 2 ed. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 1999, de Eduardo Ehlers”.           

domingo, 28 de outubro de 2012

PESQUISADORES ANUNCIAM A "EXTINÇÃO INEXORÁVEL" DO RIO SÃO FRANCISCO...


Por Cláudio Motta 

RIO - É equivalente a dar oito voltas na Terra - ou a andar 344 mil quilômetros - a distância percorrida por pesquisadores durante 212 expedições ao longo e no entorno do Rio São Francisco, entre julho de 2008 e abril de 2012. O trabalho mapeia a flora do entorno do Velho Chico enquanto ocorrem as obras de transposição de suas águas, que deverão trazer profundas mudanças na paisagem. Mais do que fazer relatórios exigidos pelos órgãos ambientais que licenciam a obra, o professor José Alves Siqueira, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Pernambuco, reuniu cem especialistas e publicou o livro "Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação" (Andrea Jakobsson Estúdio). A obra foi lançada em Recife este mês.
Em 556 páginas e quase três quilos de textos, mapas e muitas fotos, a publicação é o mais completo retrato da Caatinga, único bioma exclusivo do Brasil e extremamente ameaçado. O título do primeiro dos 13 capítulos, assinado por Siqueira, é um alerta: "A extinção inexorável do Rio São Francisco".
- Mostro os elementos de fauna e da flora que já foram perdidos. É como uma bicicleta sem corrente, como anda? E se ela estiver sem pneu? E se na roda estiver faltando um raio, e quando a quantidade de raios perdidos é tão grande que inviabiliza a bicicleta? Não sobrou nada no Rio São Francisco. Sinceramente, não sei o que vai acontecer comigo depois do livro, mas precisava dizer isso - desabafa o professor da Univasf. - Queremos que o livro sirva como um marco teórico para as próximas décadas. Vou provar daqui a dez anos o que está acontecendo.
Ao registrar o estado atual do Rio São Francisco, o pesquisador estabelece pontos de comparação para uma nova pesquisa, a ser feita no futuro, medindo os impactos dos usos do rio. Além do desvio das águas, há intenso uso para o abastecimento humano, agricultura, criação de animais, recreação, indústrias e muitos outros. Desaguam no Velho Chico milhares de litros de esgoto sem qualquer tratamento. Barramentos - sendo pelo menos cinco de grande porte em Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó - criam reservatórios para usinas hidrelétricas. Elas produzem 15% da energia brasileira, mas têm grande impacto. Alteraram o fluxo de peixes do rio e a qualidade das águas, acabaram com lagoas temporárias e deixaram debaixo d'água cidades ou povoados inteiros, como Remanso, Casa Nova, Sento Sé, Pilão Arcado e Sobradinho.
Com o fim da piracema, uma vez que os peixes não conseguiam mais subir o rio para se reproduzir, o declínio do número de cardumes e da variedade de espécies foi intenso. Entre as mais afetadas, as chamadas espécies migradoras, entre elas curimatá-pacu, curimatá-pioa, dourado, matrinxã, piau-verdadeiro, pirá e surubim.
Não foram as barragens as únicas culpadas pelo esgotamento de estoques pesqueiros do Velho Chico. Programas de incentivo da pesca, que não levaram em consideração a capacidade de recuperação dos cardumes, aceleraram a derrocada da atividade. Espécies exóticas, introduzidas no rio com o objetivo de aumentar sua produtividade, entre elas o bagre-africano, a carpa e o tucunaré, se tornaram verdadeiras pragas, sem oferecer lucro aos pescadores.
A região do São Francisco, que já foi considerado um dos rios mais abundantes em relação a pescado no país, precisa lidar com a importação em larga escala de peixes, sobretudo os amazônicos, para suprir o que não consegue mais fornecer. Uma das espécies mais comercializadas na Praça do Peixe, a 700 metros do rio, é o cachara (surubim) do Maranhão ou do Pará. Nos restaurantes instalados nas margens do Rio São Francisco, o cardápio oferece tilápias cultivadas ou tambaquis importados da Argentina.
A mudança provocada pelo homem tanto nas águas do Velho Chico quanto na vegetação que o circunda foi drástica e rápida. Tendo como base documentos históricos disponíveis, entre eles ilustrações de expedições de naturalistas importantes, como as do alemão Carl Friedrich Philipp von Martius, é possível ver a exuberância do passado. Um desenho feito há 195 anos mostra os especialistas da época deslumbrados com árvores de grande porte, lagoas temporárias, pássaros em abundância. Ou seja, uma enorme biodiversidade, que hoje não existe mais.
Menos de dois séculos depois, restam apenas 4% da vegetação das margens do Rio São Francisco. Desprovidas de cobertura verde, elas sofrem mais com a erosão, que assoreia o rio em ritmo acelerado. Os solos apresentam altos índices de salinização e os açudes ficam com a água salobra. Aumentam as áreas de desertificação. O Velho Chico está praticamente inviável como  hidrovia. Espécies foram extintas e ecossistemas estão profundamente alterados.
Diante da expectativa da "extinção inexorável do Rio São Francisco", o livro ressalta a importância de gerar conhecimento científico. Não apenas os pesquisadores precisam se debruçar mais sobre o bioma como também o senso comum criado sobre a Caatinga a empobrece. Por isso o título do livro optou por "Caatingas", no plural, chamando a atenção para sua enorme diversidade.
- O processo que levará ao fim do Rio São Francisco não começou hoje. Basta olhar a ilustração para ver o que aconteceu em tão pouco tempo, menos de 200 anos. A imagem nos mostra um bioma surpreendente: o tamanho das árvores, a diversidade de animais, a exuberância - ressalta Siqueira. -Observamos que ocorre um efeito em cascata. Tanto que, se algo não for feito agora, de forma veemente, o impacto do aquecimento global na Caatinga, que é o local mais ameaçado pelas mudanças climáticas, será dramático.
Exclusividade do Brasil
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Difundir o conhecimento gerado durante as expedições é um dos principais legados da publicação. Ainda mais porque trata-se de uma temática brasileiríssima. Aproveitando o jargão ambientalista, que chama de endêmica a espécie que só existe numa determinada região, José Alves Siqueira diz que a Caatinga e o Rio São Francisco são dois endemismos brasileiros. O bioma só ocorre no Brasil, assim como o Velho Chico, que é o único corpo hídrico de grande porte que nasce e deságua em território nacional. Além disso, entre as 1.031 espécies coletadas - a partir de 5.751 amostras -, 136 (13,2%) são restritas à Caatinga. Além disso, 25 espécies cuja ocorrência não era conhecida no Nordeste foram encontradas. Situação semelhante ocorreu com 164 plantas, nunca antes observadas na Caatinga. Mas a cereja do bolo é uma nova espécie coletada por pesquisadores, que ainda estão trabalhando com as informações obtidas em campo para publicar, até o final do ano, a descrição da planta em uma revista especializada.
- A espécie mais próxima desta é do Charco, na Argentina e Paraguai. Isso mostra uma relação entre Caatinga com aquele bioma, são ecossistemas incríveis - ressalta Siqueira. - Este é um dos resultados fabulosos do trabalho, mostra mais uma vez que a Caatinga não é pobre, homogênea nem o patinho feio dos biomas.
No último capítulo, "A flora das Caatingas", assinado por 78 especialistas de 40 instituições, diversas universidades, entre elas UFRJ e USP, jardins botânicos, Embrapa e até o Museu de História Natural de Viena, detalha métodos de pesquisa e apresenta uma lista florística com as 1.031 espécies. Também é possível ver informações na internet, na página www.hvasf.univasf.edu.br/livro.
Os pesquisadores ressaltam, ainda, que ainda há muito para se descobrir sobre a flora das Caatingas. As plantas desenvolvem mecanismos de adaptação que são ignoradas pela ciência. Sendo assim, os autores do livro destacam que são necessários esforço e dedicação para que o estágio do diagnóstico da diversidade biológica seja superado pelos estudos voltados para as práticas de conservação. Nesta direção, a Univasf criou o Centro de Referência para a Restauração de Áreas Degradadas.
Recuperar a Caatinga é uma tarefa árdua, requer conhecimento científico específico. Isso reforça a importância de manter áreas nobres ainda intocadas. A equação é simples: é muito mais fácil e barato manter a floresta em pé do que tentar reflorestar uma região degradada. Por outro lado, sem o rigor acadêmico, empresas que são obrigadas a replantar em determinadas áreas acabam fazendo as escolhas erradas, como colocar grama de crescimento rápido e impacto visual, mas inadequada para o meio ambiente.
Formatar um conhecimento consolidado de como recuperar a Caatinga deverá ser um trabalho para pesquisadores durante os próximos 30 anos. Um capítulo inteiro é dedicado ao assunto: "Restauração ecológica da Caatinga: desafios e oportunidades", assinado por Felipe Pimentel Lopes de Melo, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pernambuco; Fabiana de Arantes Basso, do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga, da Univasf; e Siqueira. Os autores expressam a urgência de melhorar a relação do homem com o meio ambiente. É fundamental superar a tensão entre a conservação dos recursos naturais com a crescente demanda por matéria-prima, como lenha, carvão, água e energia. Em geral, as soluções imediatistas e sem planejamento trazem enormes prejuízos econômicos, sociais e ambientais: os três pilares da sustentabilidade.
O livro também pode ser lido como uma exaltação ao bioma, incluindo a chamada cultura 'caatingueira' e a alma sertaneja, que não são deixadas de fora da edição. No segundo capítulo, ("Viajantes naturalistas no Rio São Francisco"), considerado pelo organizador do livro como o mais poético, Lorelai Brilhante Kury, especialista da Fundação Oswaldo Cruz e da U
ERJ, faz um resgate histórico e cultural das transformações ambientais.
As agressões ao Velho Chico são históricas. O rio serviu com via de ocupação da região. Ricos e pobres usam os recursos naturais como se fossem infinitos. Entre Petrolina e Juazeiro, casas que valem cerca de R$ 500 mil contam com equipamentos sofisticados, segurança de primeiro padrão e móveis caríssimos, mas a estrutura sanitária é arcaica, contamina o lençol freático e o rio. Lanchas e motos náuticas geram ruído e afugentam peixes. Quase não se vê reaproveitamento de água ou o uso de fontes energéticas renováveis.
- A principal contribuição do livro é chamar a atenção para a Caatinga. É o único bioma exclusivo do Brasil, porém o menos conhecido. Seu personagem mais famoso é o Rio São Francisco, que serviu de mote para o estudo de conservação da Caatinga - frisa Felipe Melo, professor de ecologia da Universidade Federal de Pernambuco e um dos pesquisadores envolvidos na coleta de informações que constam do livro.
Mais do que apontar problemas, os pesquisadores defendem a adoção de práticas sustentáveis. No final de cada capítulo, eles apresentam medidas que poderiam mitigar impactos social, ambiental e também econômico. Além disso, há preocupação com a difusão das informações geradas. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por exemplo, também recebe parte do material coletado pelos cientistas. A instituição carioca poderá montar uma estufa dedicada às plantas da Caatinga.
- É um desafio para a sociedade garantir desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Vamos fazer outra Sobradinho? Não. As cidades que ficaram debaixo d'água por causa dos represamentos do Rio São Francisco perderam histórias, vidas, sítios arqueológicos inteiros - argumenta José Alves Siqueira. - Em síntese, posso dizer que o caminho a ser seguido para viabilidade do São Francisco como modelo de desenvolvimento para outras regiões é a base científica sólida. Investir em recursos humanos, aporte de recursos financeiros para ciência, tecnologia e educação básica.
Os diagnósticos apresentados no livro, porém, têm prazo de validade. Os autores afirmam que são necessárias intervenções imediatas pra tentar mudar em escala regional o cenário de degradação. Além disso, sobram críticas em relação às discussões que envolvem o novo código florestal. O organizador do livro sustenta que já há conhecimento científico sólido em relação à necessidade mínima de 30 metros de vegetação nas margens dos rios para a proteção da qualidade da água, estabilização de encostas e prevenção a enchentes.
Dinheiro não falta. Pelo contrário. Só as obras de transposição de águas, originariamente orçadas em R$ 4,5 bilhões, deverão consumir cerca de R$ 10 bilhões. São recursos federais que prometem melhorar a qualidade de vida na região. Não é o primeiro grande investimento público da Caatinga. Porém, analisando a história, pesquisadores não encontraram relação direta entre o gasto e o bem-estar para a população.
Para quebrar a ideia de que o setor público não consegue fazer trabalhos de qualidade, os pesquisadores se esforçam para multiplicar o legado dos programas ambientais, previstos nos investimentos que mudarão o curso de parte das águas do Rio São Francisco.
Desde 2008, quando o dinheiro começou a ser repassado para a universidade, foram criados o Centro de Referência da Caatinga e novos laboratórios. A equipe conta com dez picapes com tração nas quatro rodas para percorrer a região durante o monitoramento da vegetação.
O trabalho de formação de alunos se volta para o bioma local. Por exemplo, havia uma dificuldade em achar veterinários que conhecessem os animais do bioma, como o veado catingueiro. Até então, grande parte dos alunos da universidade só entendia de cachorro e de gato.
- A obra (de transposição da água do Rio São Francisco) acaba nos proporcionando os meios para uma formação mais qualificada dentro da universidade. A demanda é grande, falta gente especializada para trabalhar para nossa equipe. Contratamos pessoas do Brasil inteiro - diz Siqueira. - A chave é procurar entender as especificidades do bioma Caatinga, que, muitas vezes, chega a passar dez meses na seca. Precisamos entender as adaptações da fauna e flora, assim como a cultura.

Fonte: Agência O Globo/Yahoo.


Imagem antiga de Martius e Spix olhando uma das margens do Rio São Francisco pintada por um dos desenhistas que acompanhavam a missão (expedição) destes naturalistas europeus no Nordeste Brasileiro.

sábado, 27 de outubro de 2012

SISTEMAS AGROFLORESTAIS - A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA QUE O NORDESTE DEVERIA PRODUZIR E REPRODUZIR EM LARGA ESCALA...







De acordo com a natureza de seus componentes, existem as seguintes modalidades de Sistemas de Produção Agroflorestais:

1- Agrossilvipastoril: Sistema que utiliza o consórcio entre a produção agrícola, florestal e pastoril;
2- Agropastoril: Sistema que usa o consórcio entre a produção agrícola e pastoril;
3- Silvipastoril: Sistema que utiliza o consórcio entre a produção florestal e pastoril;
4- Agroflorestal (Agrossilvicultura): Sistema que usa o consórcio entre a produção agrícola e florestal.

EXEMPLOS DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS:

1) INTEGRAÇÃO DE PRODUÇÃO ENTRE PEIXES, ESPÉCIE FLORESTAL, CAPRINOS E OVINOS (SILVIPASTORIL) 



2) INTEGRAÇÃO DE PRODUÇÃO ENTRE ESPÉCIES FLORESTAIS E AGRÍCOLAS (AGROSSILVICULTURA)





O USO SUSTENTADO DO BIOMA CAATINGA






























Fonte: EMBRAPA

AÇÕES DE CONVIVÊNCIA COM A SECA-4 (SEGURANÇA HÍDRICA-B)

O SISTEMA BARRAGINHAS












































Fonte: EMBRAPA

AÇÕES DE CONVIVÊNCIA COM A SECA-3 (SEGURANÇA HÍDRICA-A)


CISTERNAS DE PLACAS

São as famosas cisternas de captação de água de chuva feitas no pé da casa, que recolhem a água dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório, sem deixá-la cair no chão. Têm a nobre finalidade de oferecer água de qualidade para o consumo humano. Hermeticamente fechadas, não permitem a entrada da luz; assim, também não permitem a multiplicação de algas e outros elementos vivos. A água fica preservada. É feita de placas de argamassa construídas cerca de dois dias antes da montagem. Dois terços da cisterna ficam enterrados no chão, o que ajuda a compensar a pressão interna da água, dando estabilidade às paredes.


BOMBA ROSÁRIO


Esta estrutura deve ser montada sobre uma cisterna ou outro tipo de reservatório.

1 - Pegue três caibros e finque-os no solo ao redor do reservatório, deixando-os inclinados para formar uma pirâmide. Fixe no meio deles, na posição vertical, o pedaço de madeira de cinco metros que servirá de base ao equipamento. Com um prego e um parafuso, coloque uma roldana na extremidade inferior desta ripa, que deverá estar sempre imersa na fonte de água para que a bomba funcione.
2 - A meio metro acima desta roldana e a dez centímetros de distância da madeira, coloque uma das rodas pequenas. Para isso, faça pedaços em forma de "L" com o caibro que restou e pregue-os, de um lado à base da madeira e de outro ao centro da roda. Para colocar a outra roda pequena repita a operação, colocando a uma distância de um metro da primeira.
3 - Retire a roda da frente da bicicleta. Com auxílio de parafusos, fixe o garfo do veículo à estaca de madeira de dois metros, que deve ser fincada ao solo para dar sustentação e estabilidade.
4 - Pregue no eixo traseiro da bicicleta um pedaço de caibro e fixe-o à madeira de cinco metros. O pneu ficará encaixado entre as rodas pequenas, a uma distância de dez centímetros de cada uma e também da base da madeira.
5 - Na extremidade superior da madeira de cinco metros, prenda verticalmente com parafusos e uma haste de metal a roda que foi retirada da bicicleta, deixando-a girar livremente. A 50 centímetros abaixo de seu eixo, fixe horizontalmente na madeira outra haste metálica com uma roldana presa em cada lado.
6 - Prenda o pedaço de cano de 40 milímetros de espessura e três metros de comprimento à madeira utilizando arame. Deixe-o sempre imerso na água. Coloque o tubo entre uma das roldanas fixadas na parte de cima e a roda pequena superior.
7 - Fixe o cano de 4,5 metros entre a outra roldana superior e a que está fixada na parte inferior da madeira de cinco metros. Deixe este tubo a uma distância máxima de 20 centímetros da base. Coloque na extremidade superior deste cano o T, encaixando na saída vertical desta peça 1/2 metro de cano de 75 milímetros. No lado horizontal do T, fixe a curva de 75 milímetros, que ficará presa ao tubo de PVC de 150 milímetros por meio da redução excêntrica. Vede o final deste cano com massa epóxi para evitar que a água vaze. Faça um orifício de 1/2 polegada a dez centímetros da base deste cano vedado. Fixe uma torneira neste buraco com a ajuda de uma chula de 1/2 polegada. Prenda à torneira uma mangueira de 1/2 polegada para transportar a água até o local desejado.
Como fazer o rosário
Faça 60 círculos de 2,5 centímetros de diâmetro cada utilizando as chinelas velhas ou outro material de borracha. Fure o centro de todas elas e passe a corda de seda, dando um nó entre cada rodinha e deixando um espaço de 30 centímetros entre elas.

Para encaixar o rosário à bomba, passe uma ponta da corda de seda por baixo da roldana inferior e pela parte de dentro da roda pequena inferior. Em seguida, passe-a pelo lado de fora da roda grande e depois por dentro da roda pequena superior, como se fosse um ziguezague. Feito isso, o rosário passa por dentro do cano de 40 milímetros de três metros e também no interior da roldana que está na ponta do tubo até percorrer o exterior do pneu superior. A corda segue o caminho, passando por dentro da segunda roldana horizontal e do cano de 75 milímetros até descer pelo tubo de 40 milímetros de 4,5 metros e encontrar sua outra ponta. Amarre bem para deixar o rosário esticado.





IRRIGAÇÃO DE BAIXO CUSTO

A irrigação de salvação – onde se aproveita a água de barreiros, açudes ou poço amazonas, durante o inverno para irrigar as lavouras sem prejudicar o abastecimento humano e animal; Irrigação por gotejamento – onde a água é para todas as plantas, utilizando-a racionalmente, de forma que as raízes das plantas ficam sempre úmidas, além de se evitar o desperdício, podendo ser feita até por garrafas pet.

BARRAGEM SUBTERRÂNEA




Barragem subterrânea: numa baixada levemente inclinada, de solo fértil, se cava uma valeta em formato semicircular ou reto. O comprimento pode ser 100 metros ou mais, dependendo da largura da baixada. Precisa cavar até encontrar a camada de rocha impermeável (firmamento), às vezes numa profundidade de um metro, mas normalmente um pouco mais de dois metros. À partir do fundo rochoso, a parede de terra é revestida de lona plástica e chumbada no chão com cimento e a valeta novamente enchida. O coroamento da valeta, uma pequena barragem de terra, serve para reter os resíduos trazidos pela água, como terra e restos orgânicos, para formar assim uma nova camada de solo. A água querendo se deslocar lateralmente pela gravidade, é retida pela folha de plástico e forma assim um lençol freático alto, artificial, do qual as raízes das plantas podem se suprir das suas necessidades de água.





domingo, 21 de outubro de 2012

AÇÕES DE CONVIVÊNCIA COM A SECA-2 (SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL-A)


No convívio com a seca três eixos são importantes observar: segurança alimentar e nutricional, segurança hídrica e organização socioeconômica. Como vimos, anteriormente, foram dadas algumas dicas de organização socioeconômica e de segurança alimentar e nutricional.
Agora vamos ver algumas dicas de segurança alimentar e nutricional a respeito do preparo e  conservação dos alimentos para os animais antes da seca chegar.

































Fonte: EMBRAPA